por Marshall Goldsmith
Uma das minhas histórias favoritas é uma lição sobre tomar responsabilidade sobre as nossas próprias vidas. É sobre aprender a responder ao invés de reagir quando somos confrontados pela “vida”. Eu ouvi essa simples história Budista muitos anos atrás, que diz o seguinte:
Um jovem fazendeiro remava o seu barco vigorosamente pelo rio. Ele estava coberto de suor enquanto remava o seu barco para entregar a sua produção para a vila. Era um dia quente, e ele queria fazer a sua entrega e chegar em casa antes de escurecer. Enquanto ele olhava para frente, ele espiou outro barco, indo rapidamente em sua direção. Ele remava furiosamente para sair do caminho, mas isso não pareceu ajudar.
Ele gritou, “Mude de direção! Você vai bater em mim! ” O barco veio em sua direção, independentemente. O seu barco foi atingido com uma batida violenta. O jovem rapaz gritou, “Seu idiota! Como você conseguiu bater no meu barco no meio desse amplo rio? ”
Enquanto ele olhava fixamente para o barco, buscando pelo indivíduo responsável pelo acidente, ele percebeu que não havia ninguém. Ele esteve gritando para um barco vazio que havia se soltado de suas amarrações e que estava sendo levado pela correnteza do rio.
A coisa interessante é que nós nos comportamos de certa maneira quando acreditamos que deveria existir uma pessoa no outro barco. Nós culpamos esta estúpida e insensível pessoa pela nossa falta de nossa sorte. Ficamos bravos, agimos, atribuímos responsabilidade ao outro enquanto nos fazemos de vítima. Em outras palavras, nós não estamos engajados de uma maneira positiva para nós mesmos, mas em uma maneira negativa e defensiva com que faz que nada se transforme em melhoria!
Nós nos comportaríamos mais calmamente se soubéssemos que o que viria em nossa direção seria um barco vazio. Sem nenhum bode expiatório disponível, nós não ficaríamos tristes. Ficaríamos em paz com o fato de que o infortúnio é um resultado do destino ou da má sorte, e daríamos o nosso melhor para corrigir a situação. Poderíamos até rir do absurdo de um barco sem condutor poder encontrar um caminho de colidir com nossa embarcação em uma quantidade tão vasta de água.
Nosso maior desafio é reconhecer que nunca houvera realmente alguém no outro barco. Nós estávamos a vociferar com uma embarcação vazia. Um barco a ermo que não deveria estar à espreita contra nós. Assim como nenhuma pessoa está buscando azedar ou piorar o seu próprio dia, se começássemos a tratar todos os barcos como “vazios”, nós não teremos outra alternativa a não ser: aceitar a situação e mudar o que podemos mudar.
Depende somente de nós, para orientar nossa escolha de como iremos reagir aos barcos vazios em nossas vidas. Nós podemos gritar com eles e suportar uma possível colisão, ou escolhermos sair do caminho da melhor maneira possível, aceitando os acontecimentos, e dando o nosso máximo para continuar nosso caminho ao longo do rio.
Dr. Marshall Goldsmith foi reconhecido como Coach Executivo nº 1 no ranking mundial pela GlobalGurus.org, estando dentre os pensadores mais influentes do mundo segundo classificação feita pela Thinkers50, que em 2015 o reconheceu como nº 1 Pensador em Liderança. Dentre seus 35 livros estão os best-sellers da revista Business Week, The Leader of the Future (O Líder do Futuro) e Global Leadership: The Next Generation (Liderança Global: A Próxima Geração), sendo seu último lançamento Triggers (2015). Dr. Marshall é uma autoridade mundial na ajuda de líderes de sucesso, na conquista de mudanças positivas de comportamento tanto em si mesmos quanto de seus funcionários e suas equipes.
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